Amor, perdas, encanto, ilusão e tragédia num romance de vida inteira, inspirado na obra de Mario Vargas Llosa.
Leia Agora Compre JáFoi em 2012, ao ouvir de uma ex-namorada que ele se parecia com o personagem “Ricardito” Somocurcio, do livro “Travessuras da menina má”, de Mario Vargas Llosa, que o autor iniciou a redação de seu longo romance, que, ao final, recebeu título quase homônimo ao da obra do genial autor peruano. O trabalho de elaboração, escrita, reescrita, leitura e revisão acabou se prolongando por quase cinco anos e deu origem a uma história em que às linhas autobiográficas e fictícias se somam relatos de acontecimentos históricos, aventuras pelo mundo e projeções ao passado e ao futuro, numa narrativa que se estende de meados da década de 80 ao longínquo ano de 2053.
A obra foi dividida em três partes, que retratam o romance de Victor, o narrador da história, com Maria Eduarda, na segmentação que se adequa perfeitamente aos acontecimentos da vida do protagonista:
A relação com o romance do mestre peruano, aliás, se apresenta, em parte, de forma subliminar, ao retratar a paixão devotada de Victor, que se desenrola pela vida inteira e está voltada, de forma quase incondicional, por Maria Eduarda. No entanto, aparece também de forma explícita, em passagem do Livro II, quando Duda lhe relata ter lido a fantástica obra de Vargas Llosa e confessa ter associado “Ricardito” a ele (v. Livro II, Cap. VI, pág. 110). A partir daí, Victor passa a chamá-la aberta e seguidamente de “menina má”, como “Ricardito” Somocurcio faz em relação à sua amada. Além disso, há referências seguidas ao livro original do autor peruano (ao qual Victor repetidamente recorre, para se lembrar de Duda), inclusive a menção ao pequeno romance escrito por William “Bill” Gravelle, o companheiro de Leonardo, grande amigo de Victor (v. Livro III, Cap. VII, pág. 166).
Os leitores mais atentos e mais pacientes saberão identificar a questão oculta e clandestina presente na vida de Victor (e – mais importante – respondê-la!), que, descoberta, evidencia o ilimitado e incondicional amor do protagonista pela “sua” menina má.
O autor agradece às pessoas reais que o inspiraram na elaboração dos personagens da sua extensa obra e convida os leitores a colaborarem com opiniões, críticas e reparos ao trabalho.
“Eram agora único patrimônio, as fotos de Marcella e eu nas Arènes de Lutèce e a de Clarinha em meus braços, em Cambridge, e as duas da menina má, uma delas comigo, em Viña del Mar, e a outra sozinha, apenas de busto, com a qual ela me presenteara no primeiro aniversário de namoro (...).”
(Livro III, Cap. VI, pág. 126)
“(...) Decidíramos então comprar um carrinho, um Mini 78 verde-limão com o capô da frente preto, parecidíssimo com o usado por Rowan Atkinson na série Mr. Bean, que estreara na ITV no ano anterior e era sucesso de público na Inglaterra. Eu até quisera dar ao veículo pequenino o nome do personagem abilolado, mas Marcella, sabia-se lá o porquê, preferira batizá-lo de ‘Mosquito’ (...).”
(Livro III, Cap. VI, pág. 126).
Leonel de Moura Brizola (1922-2004) foi governador do Rio Grande do Sul, entre 1959 e 1963 e, após retornar do exílio, depois do regime militar, foi governador do Rio de Janeiro por duas vezes (1983-87 e 1991-95).
(Livro I, Cap. I, pág. 11)
Estrelada por Sônia Braga, Joana Fonn e Antônio Fagundes, foi produzida e exibida pela Rede Globo, entre julho de 1978 e janeiro de 1979, e tinha como pano de fundo o mundo frenético das discotecas, que fizeram sucesso e se popularizaram a partir do filme “Os embalos de sábado à noite”.
(Livro I, Cap. I, pág. 25).
Drinque popular entre os jovens na década de 80, era feito de Fanta Limão, refrigerante vendido entre 1978 e 1984 (quando foi substituído pelo Sprite) e cachaça. Para o preparo, enchia-se um copo de boteco, em metades iguais, cobria-se a boca com guardanapos de papel e dava-se uma leve pancada na parte de baixo do copo, para que a mistura “espumasse”. O líquido deveria então ser ingerido de uma só vez. O termo “porradinha” decorria tanto da pancada dada na parte de baixo do copo como do efeito causado no bebedor. A bebida é mencionada no Livro I, Cap. II, págs. 52-53.
O Tivoli Park foi um parque de diversões que funcionou nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, entre 1972 a 1995, na área que atualmente é ocupada pelo Parque dos Patins. O parque foi criado pelo empresário circense Orlando Orfei e teve o auge de sucesso nos anos 80, quando promovia o famoso “Festival do Sorvetão”. Na década de 90, um caso de estupro no “Castelo das Bruxas” e um acidente na “Gaiola das Loucas” levou à decadência e ao fechamento do parque, em 1995. O parque é mencionado nos Capítulos I e II do Livro I, a partir da pág. 29.
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Nascido em Parral, no Chile, o escritor, poeta e diplomata Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto (1904-1973), que já na juventude adotou o pseudônimo “Pablo Neruda”, foi um dos maiores expoentes da literatura e da poesia latino-americana de todos os tempos. O escritor e sua obra são repetidamente citados na narrativa dos três livros, especialmente no II e no III, não só pela origem de Maria Eduarda (chilena como ele), mas também por referências constantes a poemas e obras específicas de sua autoria, como, p. ex., ‘Veinte poemas de amor y una canción desesperada’ , ‘Crepusculario’ e a coletânea ‘Regalo de un poeta’.
(V., p. ex., Livro II, Caps. III, pág. 52, e IX, pág. 169, e Livro III, Cap. VIII, págs. 188-189)
Um dos maiores medievalistas de todos os tempos, o historiador e acadêmico francês Jacques Le Goff (1924-2014) é referido no curso dos três livros como grande inspirador e incentivador da carreira de Victor como professor e especialista no estudo da Idade Média. Le Goff, um dos maiores expoentes da ‘École des Annales’ (v. Livro I, Cap. X, pág. 217), escreveu dezenas de livros e foi agraciado, em 1991, com a ‘Médaille d'or du Centre National de la Recherche Scientifique’, a maior condecoração científica da França. Jacques Le Goff é mencionado diversas vezes nos três livros do “Travessuras da minha menina má”, inclusive em dois encontros pessoais com Victor em Paris, o primeiro na sede da ‘École des hautes études en sciences sociales’ (v. Livro I, Cap. XII, pág. 241) e o segundo no restaurante ‘Au Bognat’ (v. Livro II, Cap. I, pág. 8).
Personagem interpretado por Jô Soares no programa humorístico ‘Viva o Gordo’, produzido e exibido pela Rede Globo entre 1981 e 1987. Caracterizava-se pela indecisão e, sempre que chamado a dar uma opinião “na chincha” ou “na seca”, saía pela tangente e não dava opinião alguma. O personagem é mencionado algumas vezes no Livro I, por se tratar do apelido de Victor (v. Livro I, Caps. II, pág. 47, V, págs. 106 e 112, VI, pág. 128, VII, pág. 150, VIII, pág. 164, IX, pág. 191, X, pág. 202, e XIV, pág. 288).
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“Verão da lata” foi a expressão que passou a designar o verão que se iniciou no final de 1987, em razão da grande quantidade de latas cheias de maconha que foram encontradas nas praias dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Descobriu-se, na época, que as latas haviam sido jogadas ao mar por tripulantes do atuneiro ‘Solana Star’, que as traziam, em contrabando, do sudeste asiático e teriam sido alertados de que a Polícia Federal brasileira havia sido avisada pela DEA americana da passagem da embarcação pela costa brasileira.
(Livro I, Cap. VI, pág. 121).
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O “Mixto Quente” foi um programa musical produzido e exibido pela Rede Globo em 1986. As gravações ocorreram a partir do final do ano anterior, em palcos montados inicialmente na Praia do Pepino, em São Conrado, e, posteriormente, na Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes. Participaram dos shows gravados e exibidos no programa artistas e grupos musicais como, p. ex., Cazuza, Lulu Santos, Legião Urbana, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso, Rita Lee, Ultraje a Rigor , Barão Vermelho e Ritchie.
(V. Livro I, Cap. IV, pág. 91-93)
A Guerra das Malvinas, conhecida pelos ingleses como ‘Falklands War’, foi um conflito armado envolvendo Argentina e Reino Unido que se iniciou em abril de 1982 e durou pouco mais de dois meses, terminando com vitória britânica.
(Livro I, Caps. VI, págs. 136-137 e 143, e VII, págs. 149-150)
“Arrurrú” é uma canção de ninar chilena expressamente citada por Duda a Victor, em passagem do Livro II, Cap. V, pág. 95, que a remete às lembranças da infância com a ‘niñera’ Carmen. A versão do vídeo é do programa infantil chileno ‘Tikitikl’.
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“Wake me up” é uma canção do DJ e produtor Avicii (1989-2018), com participação do cantor e rapper norte-americano Aloe Blacc e do guitarrista Mike Einziger, lançada em junho de 2013 como principal trilha do álbum ‘True’. A música fez grande sucesso no mundo todo, atingindo o topo das canções mais tocadas em 22 países e permanecendo 21 semanas nas ‘top ten’ da ‘Billboard Hot 100’.
(V. Livro III, Cap. II, págs. 46-50)
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Escrito pelo médico, antropólogo e acadêmico norte-americano Samuel George Morton (1799-1851), a “Crania Americana” (ou “A Comparative View of the Skulls of Various Aboriginal Nations of North and South America: To which is Prefixed an Essay on the Varieties of the Human Species”) foi um ensaio científico elaborado em 1839, no qual o autor estabelecia uma relação direta entre o tamanho das caixas cranianas dos integrantes de diferentes raças e a sua respectiva capacidade intelectual. Embora o trabalho tenha atingido profunda respeitabilidade acadêmica na época em que foi produzido e nas décadas seguintes, seu conteúdo foi contestado pelo trabalho de Charles Darwin e posteriormente desacreditado e considerado um dos exemplos mais marcantes de involuntário racismo científico.
(Livro I, Cap. IX, pág. 193)
Maria Giuseppina Muzzarelli é uma professora de História Medieval da Universidade de Bolonha, especialista no estudo da cultura e da organização social da Idade Média. Autora de dez livros e mais de 150 artigos científicos, Muzzarelli é expressamente mencionada no Livro I como uma das pessoas que teriam aberto os olhos de Victor para a riqueza cultural da Idade Média (v. Livro I, Cap. X, págs. 203-204: “Graças a ela, as descobertas sobre cidades muradas, feudos, castelos e tudo o mais que a princípio parecia obscuro se tornaram cada vez mais ricas e fascinantes. De certa forma, fora como se ela tivesse me outorgado óculos – uma invenção da Idade Média! – imaginários, que me permitiam observar, com muito mais facilidade, conceitos preliminares de frugalidade, justiça e distribuição de riqueza que permaneciam desconhecidos para grande parte dos acadêmicos medievalistas.”)
Na condição de narrador da história, Victor discorre longamente sobre o assunto, no Capítulo X do Livro I (v. págs. 206 a 214), ao falar sobre as preferências dos seus amigos pelos diversos candidatos que participavam da campanha presidencial de 1989 e referir a briga com Marcella em razão do antagonismo das candidaturas Fernando Collor e Lula. A eleição presidencial de 1989, a primeira após o regime de exceção de (1964-85) foi uma das mais disputadas na História do Brasil, envolvendo 22 candidatos (como, p. ex., Collor, Lula, Leonel Brizola, Mario Covas, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Afif Domingos, Ronaldo Caiado e Roberto Freire) e até uma candidatura-relâmpago do apresentador Silvio Santos. Ao final, a disputa, que se deu em dois turnos, acabou levando à vitória de Collor sobre Lula.
“Carré magique” (“quadrado mágico”) foi o apelido recebido pelo meio-campo da seleção francesa de futebol que venceu a Eurocopa de 1984 e, posteriormente, derrotou o time do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. Era composto pelos jogadores Michel Platini, Jean Tigana, Alain Giresse e Luis Fernandez.
(Livro I, Cap. IV, pág. 90)
“Na segunda pela manhã, eu levara Clarinha para rápido mergulhinho na praia da Barra. Andáramos pedacinho pequeno do calçadão na direção do quebra-mar, já na parte em que a Sernambetiba tinha saída para a Érico Veríssimo, à esquerda, e mudava de nome ao longo da praia. A partir dali, desde 92 virara Avenida do Pepê, em homenagem ao ex-campeão mundial de voo livre, que morrera um ano antes, no Japão, tentando o bi-campeonato. Para a minha geração, Pedro Paulo [Guise] Carneiro Lopes, o Pepê, surfista, atleta, empreendedor e carioca, era símbolo de que a liberdade era possível e de que sempre havia novos universos a conquistar. Tinha ajudado a popularizar o estilo de vida saudável no Rio de Janeiro, com sua barraca de sucos e sanduíches naturais ali pertinho, e por isso recebera a homenagem, com aquela parte final da via da praia recebendo o seu nome.”
(Livro I, Cap. XVI, págs. 325-326)
“Il Cenacolo” ou “L’Ultima Cena” é uma pintura feita em parede, de autoria de Leonardo da Vinci, e localizada no Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão. É considerada uma das mais admiradas, estudadas e reproduzida obras de Da Vinci, inclusive pelas supostas mensagens subliminares incluídas na imagem pelo autor. O mural é objeto da tese de mestrado de Victor e discutida por ele em profundidade com membros da banca examinadora em Cambridge.
(V. Livro I, Cap. XIII, págs. 268-270).
Levada ao ar em 20 de novembro de 1995, a entrevista da princesa Diana com o jornalista Martin Bashir, do programa ‘Panorama’, da BBC, é expressamente mencionada no Livro XVI, Cap. I, pág. 318. Durante a entrevista, Diana, além de se queixar da interferência no seu casamento com Charles por parte da Rainha Elizabeth II, revelou que já tivera um caso amoroso com o seu instrutor de equitação, James Hewitt. Na época da entrevista, Diana e Charles ainda eram legalmente casados, e, por essa razão, um mês após as revelação a Rainha exigiu que o casal se divorciasse.
“Mais um ano voara, e, num piscar de olhos, o mundo estava à beira do novo Século – havia incorreção matemática no entusiasmo popular, mas pouco importava. Com o incrível aumento nas comunicações de rede, a expansão de e-mails e o crescente armazenamento de dados em sistemas de computadores, todos estavam a falar no bug do milênio, a pane generalizada dos sistemas por causa dos novos quatro dígitos do ano que se iniciaria. Os mais alarmados falavam em caos mundial nas comunicações, perda imprevisível de informações em rede e volta à Idade da Pedra.
Acabara acontecendo nada.”
(Livro I, Epílogo, pág. 346)
A diferença de idade e de gerações entre Victor e Maria Eduarda faz com que ele, como narrador e protagonista, faça repetidas menções aos livros escritos pela britânica J. K. Rowling, bem como a alguns dos filmes da série e ao parque temático de Orlando, na Florida. As citações incluem idas ao cinema (v. Livro II, Cap. III, pág. 61) e referências a personagens (v. Livro III, Caps. VII, pág. 160, e VIII, pág. 167) e locais (v. Livro II, Cap. IX, pág. 185), bem como o relato do presente dado por Victor a Maria Eduarda (o quarto volume da série, ‘Harry Potter e o Cálice de Fogo’ – v. Livro II, Cap. IV págs. 81-86, e Livro III, Caps. I, págs. 25-26, XI, págs. 255-256, e XVIII, pág. 454).
A era dos três Califados islâmicos corresponde a um período de grande desenvolvimento civilizatório da sociedade muçulmana que se deu no período correspondente à Idade Média na Europa. Inclui os Califados Omíada (661 – 750), Abássida (750 – 1258) e Fatímida (909 – 1171). Os três Califados são sistematicamente citados na narrativa de Victor, em razão de sua formação de medievalista, que o leva ao estudo comparativo do progresso cultural, econômico e social dos dois mundos – islâmico e cristão-ocidental. Há, inclusive, referência expressa, na sua tese de doutorado, ao cotejo entre as descobertas científicas e médicas das duas sociedades.
(V. Livro I, Caps. X, pág. 203, 206,e XV, págs. 293-295, e Epílogo, pág. 341 e 353, Livro II, Cap. II, pág. 42, e Livro III, Caps. I, pág. 18, IX, págs. 196, 203 e 210, XVI, pág. 397, e XXI, pág. 518)
“(...) Nas costas, ela trazia a mochilinha com a imagem de Emily e do seu gato Bagpuss, cujas novas aventuras faziam agora sucesso na televisão inglesa. Eu me divertia com aquela figurinha pequenina, que, ao ser perguntada, tentava descrever o gatão de listras rosas e brancas como ‘the most important, the most beautiful, the most magical saggy, old cloth cat in the whole wide world’. Era o que ouvia na tevê e que fazia esforço para repetir, em tom pomposo, mas, ao final, se atrapalhava nas palavras, mastigando meio e fim, numa embaralhada que me fazia rir à vera (...)” (Livro III, Cap. XIV, pág. 336-337).
“Bagpuss” foi um programa infantil produzido e exibido pela BBC no ano de 1974, tendo sido repetido na Inglaterra por quase duas décadas. Em 1999, foi eleito o programa infantil britânico mais popular de todos os tempos. É apresentado na narrativa de forma fictícia, com menção a novas aventuras lançadas pela TV em 2027.
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“Adorava a Leonardo da Vinci, com seus três ambientes interligados e as paredes recheadas de livros de artes plásticas, ciências sociais, literatura e tudo o mais que se quisesse. Já tinha encontrado ali algumas obras formidáveis, como uma primeira edição da ‘Generall Historie of Spagne’, a famosa tradução para o inglês feita por Edward Grimeston do estudo clássico de Louis Turquet de Mayerne, uma raríssima ‘Agrícola e Germânia’ de Tácito, publicada no Século XIX com referências aos comentários que lhe fizera von Hutten, e até uma edição de bolso do ‘Claro Enigma’ autografada pelo próprio Carlos Drummond de Andrade. Naquela tarde, sabia que muito não poderia comprar, porque, afinal de contas, nem casa tinha, mas quem sabia pudesse encontrar um livreto qualquer para me alegrar o espírito?”
(Livro III, Cap. I, pág. 15)
Tim Berling, conhecido pelo nome artístico de Avicii (1989-2018), foi um DJ, remixer, produtor e compositor de música eletrônica. Nasceu em Estocolmo (Suécia) e morreu em Mascate (Omã), em circunstâncias não esclarecidas, havendo suspeitas de que se suicidou. Lançou dois álbuns de estúdio de grande sucesso (‘True’ e ‘Stories’) e foi produtor/compositor de sucessos como “I could be the one” (com Nicky Romero) “Hey Brother” e “Wake me up” (com Aloe Blacc).
É mencionado no Livro III, Caps. II, págs. 46 e 48, e VI, pág. 118, havendo referência expressa à canção “Wake me up” no Capítulo II do Livro III.
Os três volumes de “As travessuras da ‘minha’ menina má” trazem várias referências a filmes produzidos e exibidos no cinema. Destaque-se: ‘Papillon’, 1973 (Livro III, Cap. XII, pág. 293), ‘Tubarão’, 1975 (Livro I, Cap. II, pág. 37), ‘O expresso da meia-noite’ (Livro III, Cap. XII, pág. 294), ‘Gremlins’, 1984 (Livro I, Cap. II, pág. 46), ‘Atração fatal’, 1987 (Livro I, Cap. VIII, pág. 165), ‘Um sonho de liberdade’, 1994 (Livro III, Caps. XII, pág. 294, e XIII, 313), ‘007 contra GoldenEye’, 1995 (Livro I, Cap. XVI, pág. 318), ‘A outra história americana’, 1998 (Livro III, Cap. XII, pág. 293), ‘O resgate do soldado Ryan’, 1998 (Livro I, Cap. I, pág. 31), ‘Brokedown Palace’, 1999 (Livro III, Cap. VI, pág. 122), ‘Doce novembro’, 2001 (Livro II, Cap. VI, pág. 104), e ‘Harry Potter e as relíquias da morte’, partes I e II, 2010 e 2011 (Livro I, Caps. II, pág. 61, e V, pág. 87).
O terceiro livro da série “Travessuras da ‘minha’ menina má” se estende além da terceira década do Século XXI, chegando até o ano de 2053. Assim, há inúmeras referências a inovações da sociedade do futuro, dando ao romance linhas discretas de ficção científica. São mencionados, por exemplo, carros sem motoristas, nanotecnologia, drones, cinemas interativos, universos virtuais, memórias compostas de ‘exa’, ‘zetta’ e ‘yottabytes’, trens ‘maglevs’, impressoras 3D, chips de pele, telas holográficas, etc.
(v., p. ex, os trechos no Cap. XIV, págs. 357-358, e no Epílogo, págs. 539-540)
Victor, acadêmico e historiador, é apaixonado pela era medieval (e pelo tempo paralelo do Oriente Médio, a era de ouro dos Califados). O período surge permanentemente em seu relato, servindo, algumas vezes, como objeto de consagração profissional e, em outras, como instrumento de recuperação pessoal. É graças ao estudo da Idade Média, o ‘seu’ tempo, como ele mesmo a define (v. Livro I, Cap. XIII, pág. 258), que Victor se reergue seguidamente, vencendo as dores da tragédia, a decadência das drogas e o desafio da prisão.
Referido pela primeira vez ainda no Livro I (v. Epílogo, pág. 351), o Tomorrowland ganha a narrativa de Victor no Livro II, como objeto de desejo de Duda (“é o Woodstock do nosso tempo...”, diz ela, em certa oportunidade), e no Livro III, como cenário da derrocada do ‘bom menino’ na direção das drogas.
O famoso festival de música eletrônica, realizado anualmente em Boom, na Bélgica, foi idealizado pelos irmãos Manu e Michiel Beers e reuniu, na sua primeira edição, em 2005, apenas 10 mil pessoas. A partir de então, no entanto, o evento se multiplicou, tanto em audiência, chegando a meio milhão de expectadores, em 2017, quanto em reproduções, passando a ter edições nos Estados Unidos e no Brasil, bem como uma edição especial de inverno na França.
(V. Livro II, Caps. XI, págs. 214 e 221-223, e Livro III, Cap. III, págs. 63-68)
É o protagonista e narrador da história. Nos três livros, o leitor terá a oportunidade de conviver com os amores, as alegrias, as perdas, as vitórias, as tragédias e os dramas de uma vida rica em acontecimentos e emoções. O seu relato se inicia ainda na adolescência, na década de 80, e se estende por toda a vida, que tem no romance com Duda, a ‘sua’ menina má, o ponto máximo dos seus sentimentos.
A “menina má” de Victor. Com sua personalidade inconstante e seus lindos olhos verde-mel, Duda é a grande paixão do protagonista, que a conhece já na meia-idade, quando volta de Cambridge para o Rio de Janeiro.
O irmão mais novo de Victor. De personalidade indômita e corajosa, é o herói e grande amigo do protagonista.
O irmão mais velho de Victor. Inteligente e pragmático, é a referência de sensatez e equilíbrio que o protagonista leva por toda a vida.
Primeira namorada de Victor. Voluntariosa e determinada, é com ela que o protagonista se muda para Cambridge, onde os dois começam a construir a vida em comum. É a mãe de Ana Clara.
Filhinha de Victor e Marcella, está sempre agarrada ao “Senhor Sapão”, seu travesseirinho de estimação.
Grande amigo de Victor, nunca lhe falta nos momentos em que ele precisa de auxílio e solidariedade. De origem humilde, é determinado e inteligente e vence obstáculos e dificuldades para se tornar diplomata.
Namorada de Caíque, acaba se tornando grande amiga de Marcella e Victor, transformando-se em conselheira nos momentos mais difíceis da vida do protagonista.
Um dos maiores amigos de Victor desde a adolescência. É o protagonistas de histórias inesquecíveis para seus colegas do Colégio Santo Agostinho, como na noite em que desapareceu de uma boate e foi encontrado dentro do Tivoli Park da Lagoa.
Outro dos grandes amigos do protagonista. Victor chega a morar em sua casa pouco antes de partir para a Europa, após os problemas no Instituto Internacional de História.
Mais dois amigos de Victor. Paulo Sérgio, o colega que lhe deu a primeira surra da vida, no pátio do coqueiro do Santo Agostinho, e Sérgio Ricardo, o futuro político.
O Major-General Thomas Patrick Pridmore, bravo oficial da SAS britânica e natural de Skegness, na Inglaterra, e a esposa, ex-estudante da ‘Royal Academy School of Arts’ de Londres e filha de um diplomata brasileiro, são os pais orgulhosos dos três filhos: Marco Aurélio, Victor e Caíque.
O assistente de Victor no Instituto Internacional de História. Nascido em Buenos Aires, está sempre bem vestido e é falante e bem-humorado.
Astuto e misterioso, pertence ao submundo de Paris. É o homem que pode conseguir tudo na capital parisiense.
É o grande presente de Duda para Victor, após ele deixar a prisão de Pentonville. Acompanha o protagonista pelo resto de sua vida, proporcionando-lhe alegria e felicidade.
O primo ardiloso e ‘cara de peixe’ de Maria Eduarda, sempre pronto a dar más notícias e espalhar azedume.
Os Professores Qusay Abdul-Kadhim, acadêmico iraquiano, e Albert Abdel Tawfik, o “Egípcio Louco”, nascido na comunidade árabe da Edgware Road, são dois medievalistas renomados de Cambridge e se tornam os mentores de Victor na sua carreira de professor.
"O livro tem tudo que um bom romance deve ter: personagens que cativam o leitor e uma trama que te prende com a dose certa de angústia. Jamais esquecerei esse romance."
Thamires, Rio de Janeiro, 24 anos
“Lindo. Por certo, o próprio Vargas Llosa teria orgulho em assinar a obra."
Antônio, Lisboa, 52 anos
“Um romance arrebatador. Impossível não se emocionar com a incrível capacidade de superação de Victor e com o seu amor devotado por Maria Eduarda.”
Carolina, São Paulo, 47 anos
É uma história que nos testa até o fim e nos mostra que o amor, de fato, é capaz de superar qualquer coisa.”
Dulce, Rio de Janeiro, 69 anos
“Adorei, embora tenha chorado o tempo todo. O melhor romance que já li na minha vida.”
Paula, São Paulo, 19 anos
“As travessuras do título da obra de Otávio Bravo são reais e anunciadas. Num primeiro momento, você é pego pelas mãos de um Victor jovem e vê o mundo por meio do seu olhar. Posteriormente – e por três volumes –, ainda que tente se soltar, é arrastado e obrigado a enxergar uma sequência de perdas e ganhos, cabendo a você, leitor, mensurá-los. Romance-turbilhão, desses que ficam.”
Juliano, 33 anos
“É um livro que “golpeia”: no início, com tragédias; no meio, com a completa decadência moral e física do protagonista; no final, com a eternidade do amor. Fácil de ler, difícil de absorver, maravilhoso de sentir”
Pedro, Figueira da Foz, 46 anos
“Divertido, trágico, emocionante e arrebatador”
Andressa, São Paulo, 23 anos
Otávio Bravo é carioca, tendo sido criado e residido a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro.
Estudou Direito na UERJ e Direito Internacional Penal na Universidade de Leiden, na Holanda, onde morou por dois anos, foi advogado e atualmente é promotor de justiça.
“Travessuras da 'minha' menina má” é seu primeiro romance.